O desaparecimento de crianças ainda é fenômeno pouco compreendido. Estima-se que milhares de menores desaparecem anualmente, mas faltam estatísticas confiáveis e amplas sobre os casos. Preocupado com a solução dessas histórias trágicas, o deputado federal Marx Beltrão (PMDB-AL) acredita que promover a divulgação de informações pode aumentar o número de finais felizes.

Somente este ano, 4.376 pessoas já foram dadas como desaparecidas em Minas Gerais. Deste total, 1.798 são crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Os dados foram contabilizados entre o dia 1° de janeiro até o dia 2 de maio deste ano pela Polícia Civil. Mas nos últimos três anos, 14.717 menores ou com idade de 17 anos desapareceram no Estado, sendo que 5.012 destes desaparecimentos foram registrados somente em Belo Horizonte.

 Em três dias de atividade, cerca de 700 pediatras receberam orientações de como proceder para ajudar no resgate dessas crianças desaparecidas. Conselheiros e funcionários do CRM-DF distribuiram cartazes com informações aos médicos e cartilhas explicativas para que pudessem repassar aos pacientes.

A dona de casa Silvana Gonçalves Nunes procura pelos filhos Doulgas Brito, de 8 anos, e Carlos Henrique Gonçalves Nunes, de 11, que estão desaparecidos há 9 dias, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Segundo a mãe, os meninos ficaram sozinhos em casa cerca de 15 minutos e quando ela voltou não estavam mais lá. Ela suspeita que as crianças tenham sido levadas por um jovem que havia pedido abrigo na casa da família.

Para chamar a atenção dos médicos e da sociedade sobre o desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil, a Comissão de Ações Sociais do Conselho Federal de Medicina (CFM) programa Ato Público de Mobilização para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida. A atividade está prevista para acontecer no dia 23 de junho, a partir das 10h, na Praça da República de Belém (PA).