Com o nome de Vitrine dos Desaparecidos, o evento foi proposto devido ao que o parlamentar considera que seja uma “alta de preocupação” do Estado sobre o assunto, mesmo com os avanços tecnológicos que aumentaram a possibilidade de encontrar aqueles que desapareceram.
Segundo o próprio deputado estudos apontam que existem casos de irresponsabilidades de agentes públicos com a questão, principalmente com a confirmação de corpos que são enterrados como indigentes, o que acaba configurando a figura do “redesaparecido”, algo que não é tão raro.
“Esse foi um assunto apresentado e acredito que em muitos aspectos o Estado tem que ser responsabilizado, principalmente quando agentes públicos dão informações erradas e/ou equivocadas, e também quanto à questão do redesaparecimento das pessoas”, destaca Luiz Fernando.
O petista considera que o tema é de responsabilidade dos agentes de Segurança Pública, uma vez que os desaparecimentos precisam ser explicados através de investigação policial. “Eu imagino a dor sem fim desses familiares e amigos, principalmente das mães, das quais muitas transformaram sua dor, seu luto em uma luta. Quando a pessoa falece você sabe onde estão seus restos mortais, a história tem um fim, mas quando o ente querido desaparece, a dor não tem fim. E em muitos casos o Estado tem como dar resposta”, enfatiza.
O nome Vitrine dos Desparecidos foi dado para tirar os casos das estatísticas e dar visibilidade, sensibilizando a sociedade para o problema do qual, segundo estudos, cerca de 17% da população brasileira tem algum parente, amigo ou conhecido desaparecido, além de buscar formas para trazer ações proativas sobre o tema, facilitando a busca por respostas.
Uma das medidas imediatas é a criação de uma Frente Parlamentar da Pessoa Desaparecida na Alesp que terá atuação permanente nessa questão, pois muito embora o problema é nacional, o estado de São Paulo lidera as estatísticas e precisa e pode também liderar as soluções.
Fonte: Repórter Diário