Segunda, 27 Maio 2019

Microsoft leva projetos de Inteligência Artificial para ONGs brasileiras

As ONGs Mães da Sé e SOS Mata Atlântica são as instituições escolhidas para fazer parte da iniciativa AI for Good, que tem o compromisso de distribuir investimentos em inteligência artificial (IA), pesquisa e tecnologia.

A organização não governamental Mães da Sé e a Microsoft fazem parceria para apoiar a busca por pessoas desaparecidas no Brasil. Desde sua fundação, em 1996, a ONG cadastrou mais de 10 mil pessoas em situação de desaparecimento e ajudou a encontrar 4.952 delas. Parte do programa global AI For Humanitarian Action, da Microsoft, que tem como objetivo fornecer tecnologia, recursos e experiência para capacitar pessoas para resolver questões humanitárias, a parceria prevê a criação de um aplicativo que utiliza reconhecimento facial, desenvolvido pela Mult-Connect, para potencializar as buscas de desaparecidos e ser um aliado ao trabalho de procura das entidades públicas por meio de parcerias com delegacias, hospitais, prontos-socorros, albergues, entre outras instituições. A Mult-Connect, que realiza seu trabalho voluntário com a Mães da Sé desde 1996 e há 20 anos é parceira Microsoft, concebeu a solução unindo o conhecimento das mais inovadoras tecnologias Microsoft e a longa experiência na causa da Mães da Sé.

“Ficamos muito felizes em poder participar desse maravilhoso projeto, unindo o aspecto assistencial com nossa experiência com alta tecnologia Microsoft para viabilizar um projeto que ajudará na busca por pessoas desaparecidas no Brasil”, afirma Luiz Vianna, CEO da Mult-Connect.

O anúncio foi feito hoje, 21 de maio, por Brad Smith, Presidente da Microsoft, durante sua apresentação no evento Inteligência Artificial na Transformação Digital, no Ministério da Economia, em Brasília.

A plataforma utiliza os serviços cognitivos, inteligência artificial e armazenamento em nuvem do Azure, da Microsoft. Com ela, é possível identificar uma pessoa em situação de suspeita de abandono por meio de reconhecimento facial. Basta que o usuário faça uma foto da pessoa e compare sua fisionomia com o banco de dados da ONG. O app fará a busca e mostrará se as características são compatíveis com alguém que está desaparecido. Além disso, será possível buscar pessoas por características físicas (cor da pele, cabelo, olhos).

“Estamos na era da tecnologia. Ela é a principal ferramenta de busca que temos atualmente. Quanto mais mecanismos tecnológicos forem utilizados para unir esforços nesta causa, maior a chance de pessoas serem encontradas”, afirma Dona Ivanise, fundadora da Mães da Sé.

O projeto Mães da Sé existe há 23 anos e começou a partir da busca de Dona Ivanise por sua filha desaparecida na época. Desde então, ela tem se dedicado a ajudar famílias a encontrarem pessoas na mesma situação. Desde o começo, as fotos foram elementos cruciais para as buscas – que eram feitas com imagens de divulgação por meio de parcerias com empresas privadas que colocavam as fotos em seus produtos. Com a tecnologia, o uso das imagens poderá ser ampliado por meio de reconhecimento facial, o que potencializa o alcance.

“A parceria entre Mães da Sé e a Microsoft é um poderoso exemplo de como podemos aplicar a tecnologia para ajudar a resolver grandes desafios em nossa sociedade”, diz Brad Smith, presidente da Microsoft.

O programa AI for Humanitarian Action foi lançado em julho de 2017 e investirá US$ 40 milhões com o objetivo de aproveitar o poder da IA para ajudar em esforços como desastres, recuperação, proteção de crianças, refugiados e pessoas deslocadas e promovendo o respeito pelos direitos humanos. A empresa fará isso trabalhando profundamente com organizações não-governamentais e humanitárias selecionadas por meio de doações, investimento em tecnologia e conhecimento compartilhado. Este programa faz parte da iniciativa AI for Good, que no decorrer de cinco anos investirá US$ 115 milhões nos programas AI for Earth, AI for Accessibility e AI for Humanitarian Action.

SOS Mata Atlântica

A Fundação SOS Mata Atlântica, ONG ambiental brasileira criada em 1986 que atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica, é a mais nova entidade brasileira a se beneficiar do programa AI For Earth da Microsoft. Este programa é parte da iniciativa AI for Good, e tem o compromisso de distribuir investimentos em inteligência artificial (IA), pesquisa e tecnologia em quatro áreas principais: mudanças climáticas, agricultura, biodiversidade e água. A ONG e a Microsoft assinaram hoje um acordo de cooperação para apoiar o projeto Observando os Rios, que reúne comunidades e as mobiliza em torno da qualidade da água de rios, córregos e outros corpos d’água das localidades onde elas vivem.

O acordo foi assinado por Olavo Garrido, diretor de Finanças e Mobilização de Recursos da Fundação SOS Mata Atlântica, pela presidente da Microsoft, Tânia Cosentino e por Brad Smith, presidente da Microsoft Corporation, em visita ao Brasil.

O projeto conta com apoio de 3.600 voluntários mobilizados em grupos de diversas origens, como escolas, universidades, igrejas, escoteiros, centros comunitários, entre outros. O monitoramento da qualidade das águas é realizado com um kit desenvolvido especialmente para a SOS Mata Atlântica. Os grupos fazem a medição uma vez por mês e enviam os resultados pela internet. Esse kit possibilita a avaliação dos rios a partir de um total de 16 parâmetros, que incluem níveis de oxigênio, nitrato, PH, odor, aspectos visuais, entre outros, e classifica a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação, de acordo com a legislação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).

Com o acordo, a SOS Mata Atlântica irá aplicar tecnologia aos dados coletados, que serão carregados na nuvem Microsoft Azure, onde recursos de IA serão aplicados, fornecendo insights mais efetivos e precisos para a ONG. No futuro, será possível cruzar dados de diferentes bancos de dados, como, por exemplo, sobre doenças populacionais, e avaliar a correlação entre a qualidade das águas e doenças epidêmicas. Hoje, os resultados da análise são divulgados no relatório “Retrato da Qualidade da Água no Brasil”, amplamente distribuído anualmente, em geral no Dia Mundial da Água.

“Com esta parceria estamos unindo a ciência cidadã do nosso projeto, que utiliza uma metodologia participativa para a análise da qualidade da água, com a alta tecnologia da Microsoft. Acreditamos que daremos um grande passo para apresentar à sociedade ainda mais informações sobre a situação dos rios brasileiros”, afirma Romilda Roncatti, coordenadora do projeto Observando os Rios.

O acordo reforça o compromisso da Microsoft ao lançar a iniciativa AI for Good, que no decorrer de cinco anos investirá US$ 115 milhões nos programas AI for Earth, AI for Accessibility e AI for Humanitarian Action. “O acesso à água potável é uma necessidade humana básica e este projeto oferece uma abordagem simples, mas eficaz, que usa o poder das pessoas aliadas à tecnologia para fazer a diferença”, afirma Brad Smith, presidente da Microsoft. “Ajudar a acelerar o trabalho de organizações como a SOS Mata Atlântica é a razão pela qual lançamos o programa AI for Earth. Temos o prazer de anunciar a aprovação com sucesso deste pedido de investimento e estamos ansiosos para ver o progresso do projeto em direção a rios mais limpos e a um Brasil mais saudável ”, diz Brad Smith, presidente da Microsoft.

O programa Observando os Rios surgiu em 1991, com uma campanha que reuniu 1,2 milhão de assinaturas em prol da recuperação do Rio Tietê e originou o primeiro projeto de monitoramento da qualidade da água por voluntários, o “Observando o Tietê”. Para agregar outras bacias hidrográficas, a iniciativa foi ampliada e passou a se chamar “Observando os Rios”. Em nova fase, com o patrocínio da Ypê, o projeto formou 10 grupos de monitoramento da qualidade da água em cada um dos 17 estados da Mata Atlântica. Atualmente, também conta com apoio da Sompo e possui 236 grupos de monitoramento que analisam a qualidade da água em 278 pontos de coleta, 220 corpos d´água, em 103 municípios dos estados de AL, BA, CE, ES, GO, MG, MS, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SE, SP e DF, envolvendo cerca de 3,6 mil pessoas.

Sobre a Mães da Sé
Fundada em 31 de março de 1996, a Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD) nasceu da iniciativa de duas mães de crianças desaparecidas, Ivanise Esperidião da Silva e Vera Lúcia Gonçalves. A ABCD, que surgiu para atender a uma demanda restrita a crianças desaparecidas em São Paulo, ampliou seu foco de atuação ao longo de sua existência. Atualmente, atende à demanda de familiares e amigos de pessoas desaparecidas em todo o país, independentemente da faixa etária.
Em 23 anos de existência, a ABCD já cadastrou mais de 10 mil casos de pessoas desaparecidas em todo o Brasil. Desse montante, 4.952 casos foram solucionados.

Fonte: Cidade Marketing

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