A Policia Civil trabalha com a hipótese de que a menina tenha sido assassinada. Mas o seu corpo nunca foi encontrado. José morava ao lado da casa onde a vítima e sua família viviam. A prisão foi solicitada pelo delegado Nelder Martins, que é o delegado responsável pelo caso.
Segundo o investigador, o caso iria ser arquivado. Mas, a partir de novos fatos, a investigação foi retomada. "Esse indivíduo tem que ser preso. Não temos o corpo e precisamos encontrá-lo. Ele [José] é fundamental para a gente encontrar. A gente precisa achar esse cara para chegar no corpo da vítima", disse.
O juiz Arom Olímpio Pereira, de Barra de Bugres, foi quem atendeu o pedido do delegado. Na decisão, o magistrado pontuou que as informações da polícia "são sérias". O Ministério Público também foi favorável à prisão.
Arom levou em conta também o depoimento da melhor amiga da vítima. Ela contou à Polícia que viu sua vítima entrar num carro preto. O juiz também considerou a fuga de José para decretar a prisão temporária.
José chegou a ser ouvido pela Polícia. Ele disse que, no dia que do sumiço da menina, ela esteva acompanhada por outras crianças e passaram em sua casa por volta de 12h30 para pegar goiabas. O suspeito disse que lavava o carro preto na manhã do fato.
Contudo, a polícia constatou que José fugiu três dias após o desaparecimento da vítima e que teria mentido em seu depoimento. Com base em depoimentos de amigos, os investigadores descobriram que o suspeito estava numa região de mata. Buscas foram feitas no local apontado e somente o cadáver de um homem foi encontrado.
Na época, a polícia ouviu o irmão do suspeito que revelou que "ele é contumaz na prática de crimes de homicídio e ocultação do cadáver". Isso por que José teria supostamente assassinado o próprio pai e um tio. O crime aconteceu em 2012, em Teotônio Vilela, em Alagoas - e apenas seis meses depois do desaparecimento da vítima.
O primo (e filho do tio assassinado) disse que José tinha se casado com uma mulher, estava acompanhado de uma criança que tinha por volta dos 12 anos e morava em São Paulo. O parente soube que o suspeito foi visitar o pai em Alagoas. Mas que chegara na terra sem a criança ou a mulher.
O delegado Nelder disse que já está em contato com a força policial de Alagoas. O nome de José também será incluído na lista de foragidos da Policia Federal. A Policia Civil de Mato Grosso continuará com as investigações para esclarecer o sumiço da menina.
Fonte: RD News