O CRM-MT aderiu a uma campanha do Conselho Federal de Medicina (CFM) e enviou uma carta de orientação a todos os médicos cadastrados no estado, pedindo que os profissionais fiquem atentos ao comportamento de pacientes atendidos nos consultórios para detectar crianças que foram retiradas das famílias.
O médico é orientado a observar o comportamento, tanto da criança atendida, quanto dos responsáveis que as acompanham, assim como as características físicas, documentação e empatia entre os familiares.
Caso haja algum comportamento incoerente, o médico é orientado a chamar os órgãos responsáveis que possam identificar se a criança realmente pertence àquela família ou se foi vítima de tráfico, adoção ilegal ou qualquer outro crime.
Conforme o CRM-MT, o CFM identificou que o serviço de registro de desaparecidos é deficiente, uma vez que muitas pessoas deixam de registrar o desaparecimento.
“Queremos contribuir para que sejam desenvolvidas políticas não apenas de prevenção, mas de busca dessas vítimas, com um banco de dados que funcione e que seja aceito internacionalmente”, disse a presidente do CRM, Maria de Fátima de Carvalho Ferreira.
Segundo ela, outro propósito da campanha é despertar a sociedade para o fato de cada indivíduo poder impedir o tráfico de pessoas.
Dados de desaparecimento - De acordo com o levantamento da Sesp, no primeiro bimestre deste ano foram registrados 130 registros de desaparecimento.
Em 2016, foram 764 registros e, em 2017, o número subiu para 824, em todo o estado.
Fonte: G1