As investigações mostram que os envolvidos teriam cooptado pessoas na capital paulista para que fizessem doações, inclusive de imóveis e veículos de luxo. Depois de devidamente doutrinados, os novos fiéis teriam sido levados para zonas rurais e urbanas de diversas cidades em Minas Gerais e na Bahia, além da cidade de São Paulo.
Ao chegar a esses locais, os fiéis eram explorados, sendo forçados a trabalhar em lavouras e estabelecimentos comerciais, como oficinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias, sem descanso ou remuneração. Segundo a PF, o grupo criminoso já expandia sua ação para o estado do Tocantins.
Foram cumpridos 59 mandados entre busca, apreensão e interdição de estabelecimento comercial. Se condenados, os envolvidos poderão pegar até 42 anos de prisão.
O nome da Operação, Canaã – a Colheita Final, é referência bíblica à terra prometida. As investigações começaram em 2011, quando a seita estava migrando de São Paulo para Minas Gerais. Em 2013, foi deflagrada a Operação Canaã, com foco em inspeções em propriedades rurais e algumas empresas urbanas. Em 2015, em nova fase, cinco líderes do grupo chegaram a ser presos temporariamente.
Fonte: EBC