A Polícia Civil de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, trabalha para montar um complexo quebra-cabeças para explicar e punir os responsáveis pela morte de duas crianças, encontradas esquartejadas em setembro do ano passado.
Segundo o delegado Moacir Fermino existem provas testemunhais fortes de que as mortes ocorreram durante um ritual satânico.
“É um ritual com várias fases. Primeiramente a pessoa vai numa igreja, renuncia a Jesus Cristo na frente do altar, com uma bíblia e coloca seu sangue dentro. Foram apreendidas várias bíblias que agora serão analisadas para verificar a presença de sangue”
Segundo o delegado há relatos que as crianças foram picadas e guardadas num freezer por sete dias, também como uma etapa do ritual.
A identificação das crianças ainda é um desafio. Não existe no Brasil registro de desaparecimento de crianças com idade entre 8 e 12 anos – idade estimada para os cadáveres – e agora uma pista aponta para a possibilidade de as crianças terem sido trazidas da Argentina. Um dos suspeitos, braço direito do suposto líder da seita, teria ligação com o país vizinho.
Não foi constatado nos corpos nenhum sinal de abuso sexual, mas, no cadáver do menino a amostra de sangue apontou uma grande quantidade de álcool.
“A dosagem foi de 5,2 miligramas. Nem um adulto suportaria isso, entraria em coma alcoólico”, explica o delegado.
O caso segue em investigação com sete suspeitos identificados, sendo que três deles estão detidos.
O delegado prestou estas informações em entrevista coletiva na semana passada. Depois disso, o delegado titular do caso, Rogério Baggio, reassumiu as investigações após período de férias.
Fonte: CGN