Logo no início do texto, Dom Orani recorda que, "com espírito de misericórdia, o Santo Padre convida em sua mensagem a abraçar todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental".
"E isso marca e determina radicalmente a Igreja em sua totalidade: quando os pobres e excluídos se tornam o centro da Igreja: eles dão direção e sentido a tudo o que legitimamente e necessariamente constitui a realidade concreta da Igreja: sua pregação e ação, suas estruturas administrativas, culturais, dogmáticas, teológicas", ressalta.
Lembrando os exemplos do pobrezinho de Assis, prosseguiu o purpurado, "o Papa Francisco nos ensina: ‘assumamos, pois, o exemplo de São Francisco, testemunha da pobreza genuína. Ele, precisamente por ter os olhos fixos em Cristo, soube reconhecê-Lo e servi-Lo nos pobres. Por conseguinte, se desejamos dar o nosso contributo eficaz para a mudança da história, gerando verdadeiro desenvolvimento, é necessário escutar o grito dos pobres e comprometermo-nos a erguê-los do seu estado de marginalização'".
Ainda segundo Dom Orani, "no mundo contemporâneo, há muita dificuldade em identificar claramente a pobreza. Porém, o Papa Francisco alerta que a ‘pobreza nos interpela todos os dias com os seus inúmeros rostos marcados pelo sofrimento, pela marginalização, pela opressão, pela violência, pelas torturas e a prisão, pela guerra, pela privação da liberdade e da dignidade, pela ignorância e pelo analfabetismo, pela emergência sanitária e pela falta de trabalho, pelo tráfico de pessoas e pela escravidão, pelo exílio e a miséria, pela migração forçada. A pobreza tem o rosto de mulheres, homens e crianças explorados para vis interesses, espezinhados pelas lógicas perversas do poder e do dinheiro. Como é impiedoso e nunca completo o elenco que se é constrangido a elaborar à vista da pobreza, fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada!'".
"Preocupado com a situação dos mais desprovidos, independentemente do tempo e das circunstâncias, o Papa Francisco nos recorda que os ‘os pobres não são um problema' e nos exorta: ‘não amemos com palavras, mas com obras'".
Neste sentido, conforme o arcebispo, "impressiona-nos a mensagem de Cristo, nos Evangelhos, fundada totalmente no amor aos irmãos, na caridade e na partilha. Além das vezes que o Divino Mestre fala do amor que devemos ter para com Deus que é Pai quando Ele sempre nos apresenta como o doador de tudo, que nos ama a ponto de dar o Filho a morte par para a salvação dos homens Ele reafirma o primeiro mandamento do amor a Deus, logo, a seguir completa-o o amor ao próximo. Ilustra-o na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 25-37)".
No final do artigo, o Cardeal Tempesta declara: "com esses sentimentos de partilha e sonhando e trabalhando por um mundo mais justo e humano desejamos a todos que possamos construir um mundo melhor neste novo ano de 2018". (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese do Rio de Janeiro
No artigo Iniciando o novo ano, Cardeal Tempesta destaca os pobres e excluídos como o centro da Igreja
Rio de Janeiro (Quarta-feira, 03-01-2018, Gaudium Press) Em seu primeiro artigo de 2018, o Cardeal Arcebispo Orani João Tempesta lembra que estamos iniciando o novo ano celebrando a solenidade da Santa Mãe de Deus e o Dia Mundial da Paz.
Logo no início do texto, Dom Orani recorda que, "com espírito de misericórdia, o Santo Padre convida em sua mensagem a abraçar todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental".
"E isso marca e determina radicalmente a Igreja em sua totalidade: quando os pobres e excluídos se tornam o centro da Igreja: eles dão direção e sentido a tudo o que legitimamente e necessariamente constitui a realidade concreta da Igreja: sua pregação e ação, suas estruturas administrativas, culturais, dogmáticas, teológicas", ressalta.
Lembrando os exemplos do pobrezinho de Assis, prosseguiu o purpurado, "o Papa Francisco nos ensina: ‘assumamos, pois, o exemplo de São Francisco, testemunha da pobreza genuína. Ele, precisamente por ter os olhos fixos em Cristo, soube reconhecê-Lo e servi-Lo nos pobres. Por conseguinte, se desejamos dar o nosso contributo eficaz para a mudança da história, gerando verdadeiro desenvolvimento, é necessário escutar o grito dos pobres e comprometermo-nos a erguê-los do seu estado de marginalização'".
Ainda segundo Dom Orani, "no mundo contemporâneo, há muita dificuldade em identificar claramente a pobreza. Porém, o Papa Francisco alerta que a ‘pobreza nos interpela todos os dias com os seus inúmeros rostos marcados pelo sofrimento, pela marginalização, pela opressão, pela violência, pelas torturas e a prisão, pela guerra, pela privação da liberdade e da dignidade, pela ignorância e pelo analfabetismo, pela emergência sanitária e pela falta de trabalho, pelo tráfico de pessoas e pela escravidão, pelo exílio e a miséria, pela migração forçada. A pobreza tem o rosto de mulheres, homens e crianças explorados para vis interesses, espezinhados pelas lógicas perversas do poder e do dinheiro. Como é impiedoso e nunca completo o elenco que se é constrangido a elaborar à vista da pobreza, fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada!'".
"Preocupado com a situação dos mais desprovidos, independentemente do tempo e das circunstâncias, o Papa Francisco nos recorda que os ‘os pobres não são um problema' e nos exorta: ‘não amemos com palavras, mas com obras'".
Neste sentido, conforme o arcebispo, "impressiona-nos a mensagem de Cristo, nos Evangelhos, fundada totalmente no amor aos irmãos, na caridade e na partilha. Além das vezes que o Divino Mestre fala do amor que devemos ter para com Deus que é Pai quando Ele sempre nos apresenta como o doador de tudo, que nos ama a ponto de dar o Filho a morte par para a salvação dos homens Ele reafirma o primeiro mandamento do amor a Deus, logo, a seguir completa-o o amor ao próximo. Ilustra-o na Parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 25-37)".
No final do artigo, o Cardeal Tempesta declara: "com esses sentimentos de partilha e sonhando e trabalhando por um mundo mais justo e humano desejamos a todos que possamos construir um mundo melhor neste novo ano de 2018". (LMI)
A íntegra do artigo está publicada no site da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Clique aqui para acessar o texto de autoria do arcebispo.
Fonte: Caudium Press, com informações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).