O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu nesta terça-feira, dia 5, cinco denúncias contra 36 pessoas por associação ao tráfico de drogas. Este é o maior número de pessoas envolvidas com o crime organizados processadas pelo Ministério Público de Catanduva.
Todos são alvos da Operação Talpa da Polícia Federal, que prendeu 22 pessoas em setembro deste ano, por serem integrantes de quadrilha interestadual. As denúncias foram oferecidas na 2º Vara Criminal da Catanduva pelos promotores Herico William Alves Destéfani, Horival Marques de Freitas Junior e Tiago Dutra Fonseca, que se basearam nas informações do inquérito da PF para identificar e enquadrar criminalmente cada um dos 36 integrantes da quadrilha.
Segundo o promotor Tiago, a partir desta ação, as prisões temporárias dos acusados serão revertidas em preventivas e vão permanecer presos até o julgamento. "Isto é importante para que eles não fiquem em liberdade para se reestruturar mais no crime. As penas minimas podem variar em três anos e meio podendo chegar a 13 anos. É bom salientar que além das denúncias, eles ainda permanecem sob investigação", afirma o promotor.
Segundo o delegado chefe da PF de Rio Preto, André Luís Kodjaoglanian, a quadrilha tinha esquema de cooptação de pessoas, com oferta de dinheiro, para dirigir carros e caminhões, carregados de maconha, para trazer a droga de cidades do Mato Grosso do Sul até Catanduva.
Aindo segundo André, levou mais de um ano para que a PF conseguisse levantar todas informações sobre o modo de agir da quadrilha, mapear as rotas usadas pela quadrilha.
A investigação aponta que além de Catanduva, a quadrilha agia nas cidades de Ribeirão Preto e Avanhandava, no estado de São Paulo, Goiânia (GO), Campo Grande, Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Amambaí e Naviraí, essas em Mato Grosso do Sul.
Fonte: Diário da Região