Quinta, 23 Novembro 2017

Resolução apela países a dar prioridade ao combate ao tráfico de pessoas

ONU quer maior troca de informações sobre movimentos financeiros ligados ao crime; organização defende que gravidade e impacto em crianças pedem maior atenção ao tema.

Uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU apela os Estados-membros que "considerem como questão prioritária" ratificar, aderir e implementar a Convenção contra o Crime Organizado Transnacional.

A decisão aprovada por unanimidade pede que seja adotado o Protocolo Adicional para Prevenir, Reprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, em especial às mulheres e às crianças, além de instrumentos internacionais relevantes.


Formação


No documento adotado esta terça-feira, os 15 Estados-membros do Conselho apelam ao secretário-geral que em consulta com os países garanta a formação de pessoal das missões políticas e de manutenção da paz sobre o tema.

Essas sessões devem incluir "informações especiais que lhes permitam dentro de seu mandato, identificar, confirmar, responder e informar sobre situações de tráfico de pessoas".
O Conselho quer uma melhor coleta de dados e encoraja os países a recolher, analisar e partilhar informações sobre os fluxos financeiros do tráfico humano e a forma como atividades de terrorismo são financiadas pelo tipo de crime.


Abusos


O apelo aos Estados-membros é que forneçam informações sobre essas ligações à Direção Executiva do Comité de Terrorismo e à equipe de Monitoramento de Sustento Analítico e de Sanções.


Para o Conselho, deve ser melhor examinado como o tráfico de crianças em situações de conflito está relacionado a violações graves que afetam o grupo.
O objetivo é que o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, e a representante especial para Crianças e Conflitos Armados abordem todas as violações e abusos enfrentados pelas crianças


Raptos

Segundo a ONU, o mais recente relatório do secretário-geral sobre crianças e conflitos armados aborda atos ligados ao tráfico humano como raptos na Nigéria, nas Filipinas, na Somália e no Sudão.


No seu informe, o chefe da ONU considera que a gravidade do tráfico de pessoas em situações de conflito, e o impacto nas crianças, fazem com que o assunto mereça maior atenção.

Fonte: Notícias e mídia rádio ONU

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