Apesar de Sergipe não ter dados oficiais sobre o tráfico humano, o crime também ocorre no Estado, de acordo com a Organização dos Advogados do Brasil (OAB/SE). Por isso, a organização não-governamental (ONG) Ághata, em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da OAB irá promover um seminário para debater o tema.
O advogado e vice-presidente da Comissão Robson Barros diz que o crime acontece de forma velada, o que dificulta qualquer registro. “O crime é praticado às escondidas. A pessoa é iludida com uma falsa oferta de emprego fora do país e quando chega lá é submetida ao trabalho escravo”, explica.
O tráfico de pessoas é o comércio de seres humanos que tem, entre outros fins, o casamento forçado, o trabalho escravo, o tráfico de drogas ou de outros produtos, a escravidão sexual, o trabalho forçado, a exploração sexual comercial, a extração de órgãos ou de tecidos. As vítimas podem ser homens, mulheres, ou crianças. No caso das vítimas do sexo feminino, elas podem ser submetidas à exploração sexual. “A falta de denúncia também pode ocorrer porque a pessoa fica com vergonha”, ressalta o vice-presidente da comissão. Em 2012, de acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), estimava que, somente na América Latina, 700 mil seres humanos foram vítimas da terceira maior atividade criminosa do mundo.
O intuito do evento é trazer informações à sociedade e colher dados para analisar quais as formas de tráfico encontradas no Brasil. o seminário contará com a participação de especialistas e membros da OAB sergipana. O seminário acontece das 8h às 11h e das 14h às 16h, no auditório da OAB/SE, localizado na Travessa Martinho Garcez, 71, Bairro Centro. Clique aqui para se inscrever no seminário.
Fonte: Infonet