Atualmente, o número de pessoas desaparecidas com ocorrências registradas na delegacia chega a 4,2 mil. Destes, aproximadamente 100 são crianças, 1,8 mil adultos, 1,6 mil adolescentes e 700 idosos.
A atualização do sistema da delegacia para reduzir o número de casos descobrindo os que já estão solucionados será a primeira ação, de acordo com o delegado Wanderlei Redondo. Segundo ele, no ano de 2013, quando a delegacia foi criada havia 18,5 mil pessoas desaparecidas em Santa Catarina. “Muitos casos foram solucionados e quem fez o registro não procurava a delegacia para informar que o cidadão foi localizado. Após a varredura que fizemos, até o ano passado, conseguimos reduzir as ocorrências para o número de hoje”, disse o delegado.
Ele acredita que dos registros existentes, até 90% das pessoas desaparecidas já podem estar em casa de volta, mas é difícil resolver tudo com o número de efetivo reduzido. “Acredito mudar este cenário após a varredura que vamos fazer. Ai então o foco será para os casos reais de pessoas desaparecidas”.
O secretário Valmir Comin explica que o registro das pessoas que estão no sistema será acessado exclusivamente para casos de pessoas desaparecidas e o conteúdo solicitado pela delegacia terá guardado sigilo absoluto. “Temos um universo de informações e entendemos que os dados liberados para consulta da polícia poderá ser um instrumento poderoso na busca pelas pessoas que estão longe das famílias. Só quem aguarda a informação do paradeiro de um filho sabe a angústia que é. Acredito que nosso dever é ajudar as pessoas”, assinalou Comin.
Kênia Pacheco
Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação
Fonte : ORS O REGIONAL SUL