Um grupo de seis funcionários que se dedicava ao tráfico de crianças foi acusado de roubar bebés e crianças pequenas para vender a casais para adoção ilegal. A informação foi avançada esta sexta-feira pela polícia do estado do Karnataka, na Índia.
Segundo a Reuters, os membros do grupo - três homens e três mulheres - desempenhavam funções de enfermeiros e técnicos de laboratório no hospital público da cidade de Mysuru e em cinco hospitais privados. Citado pela mesma agência, um dos agentes que está a investigar o caso, Ravi Channannavar, assegura que este grupo faz parte de um gangue maior.
De acordo com os depoimentos dos seis funcionários presos, a polícia adianta que também um médico poderá estar envolvido no caso.
“O gangue aborda os casais pobres que chegam ao hospital para dar à luz ou para fazerem um aborto, caso no qual os convencem a deixar nascer a criança. De seguida, roubam os bebés”, explicou Channannavar à “Reuters”. Por vezes, o gangue também se aproxima de pedintes na rua, roubando-lhes os bebés que depois vendem por 200 mil rupias (cerca de 2693 euros). Channannavar revela que a investigação já reportou a venda de pelo menos 15 crianças, contudo, alerta que este número poderá ser maior. Até agora, a polícia já encontrou três pequenos mas ainda está à procura dos restantes.
O grupo foi preso na terça-feira, no seguimento de uma investigação policial que começou em abril quando uma mulher fez queixa à polícia de que o seu filho tinha sido roubado no meio da rua.
“Este caso é um dos poucos que tem visibilidade, porque a maior parte não são reportados”, lamenta Paul Sundar Singh, responsável por um centro de crianças de rua em Chennai. Acrescenta ainda que “o roubo de crianças é uma grande organização criminal com que a polícia se tem debatido em todo o país. Os casos dos pequenos que foram roubadas das ruas de Chennai no início deste ano ainda estão por resolver”.
Fonte: Expresso