Os dados são do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, do Ministério da Administração Interna. Foram apresentados ontem na IX Conferência sobre Crianças Desaparecidas, do Instituto de Apoio à Criança.
"Os números irão aumentar, uma vez que as investigações ainda estão a decorrer", afirmou Rita Penedo, chefe de equipa do observatório, dando conta que, na maioria das situações, os menores não tinham Portugal como destino.
Sem revelar números, a socióloga refere que foram identificadas crianças, sobretudo raparigas, dos 10 aos 17 anos, cujo destino de exploração era Portugal. "Foram ainda registados bebés até um ano e crianças até aos quatro, romenas e búlgaras, para exploração sexual e laboral no nosso país", denuncia Rita Penedo.
Segundo Manuela Eanes, presidente do Instituto de Apoio à Criança, o organismo registou, em 2015, 35 novos casos de crianças desaparecidas em Portugal.