A criança desapareceu quando estava dormindo em um carrinho de bebê no terraço da casa da família, na Vila Goreth, área da Camboa. Na ocasião, a mãe do bebê, Itanilce Ferreira, dava banho no seu outro filho, Ítalo, de um ano e meio. O principal suspeito do crime era um homem que, minutos antes do desaparecimento de Ícaro, tinha ido à casa de Itanilce interessado em comprar um saco de carvão.
Não existe o caso de esperar por um período de 24 horas para registrar a ocorrência em um distrito policial. Ocorreu o desaparecimento imediatamente a polícia deve ser comunicada para dar início de busca para encontrar a vítima".
Ainda na época, o Disque Denúncia chegou a confeccionar o retrato falado do suspeito, mas, até o momento, a criança não foi encontrada e o principal acusado não foi preso pela polícia.
O coordenador do Disque Denúncia, Augusto Mendes, informou que durante este ano já teve o registro de dois casos de desaparecimento de crianças, na capital. A primeira ocorrência foi anotada no dia 8 de janeiro e teve como vítima uma criança moradora da Vila Vicente Fialho. Até o momento, a polícia não conseguiu localizá-la.
Já o segundo caso foi registrado na quarta-feira, 13, no bairro Cohatrac, e a vítima foi uma menina de 9 anos, que teria sido levada por um homem em uma bicicleta, e foi abandonada ainda no mesmo dia em uma área de reserva ecológica, no bairo Itapirarcó.
A polícia no momento está trabalhando para divulgar o retrato falado do suspeito e assim conseguir prendê-lo o mais rápido possível. Esse caso está sendo investigado pelos delegados da Superintendência da Polícia Civil da Capital (SPCC) e da Delegacia da Proteção da Criança e ao Adolescente (DPCA). Até ontem os investigadores não tinham conseguido localizá-lo.
Augusto Mendes, coordenador do Disque Denúncia, disse que do total das crianças desaparecidas até o momento, 55% foi encontrado vivo e a maioria dos casos, na capital. Esse resultado, ainda segundo ele, é fruto da divulgação do retrato do desaparecido nos meios de comunicação, como televisão, jornal, rádios, internet e, no momento, o whatsapp. "Nos casos de desaparecimento é de suma importância que as pessoas entrem em contato com a nossa central para podemos imediatamente divulgar o retrato da vítima na mídia", frisou o coordenador do Disque Denúncia, no Maranhão.
Atenção redobrada - Chegou o período de férias escolares. Uma época em que as crianças costumam viajar, frequentar shoppings, clubes, praias, participar de eventos culturais e até mesmo visitar as residências de amigos e parentes. Para a delegada Karla Saraiva, da DPCA, nesse momento, os pais devem tomar uma atenção redobrada para que os seus filhos não possam ser vitima de desaparecimento.
Ela explicou que para os pais não terem os seus filhos como vítimas de desaparecimento, devem tomar uma atenção redobrada. Para ela, crianças de até 12 anos não podem sair de sua residência sem ter a companhia de uma pessoa adulta e que seja da família.
Quando for o caso de sair sozinha, a criança deve levar informações anotadas em um papel contendo os nomes dos pais, o endereço e o telefone dos familiares mais próximos. A delegada chamou a atenção de que em qualquer hipótese o nome da criança não deve estar de forma visível para o público para evitar ser chamada por algum criminoso e ser sequestrada.
Os pais devem ensinar a criança desde cedo a saber informar os seus nomes, o local onde mora e os números de telefone de parentes, pois, em caso de perda ter como entrar em contato de forma imediata com alguém.
Em shoppings, clubes ou até mesmo em locais fechados, ainda segundo a delegada, a criança se perdendo dos pais uma das primeiras atitudes é procurar pelos agentes de segurança. Estes funcionários são orientados como proceder nesses casos sem provocar alarde, que não venha proporcionar algum tipo de trauma na criança.
A delegada orientou ainda que em caso de desaparecimento o ideal é acionar imediatamente a polícia e registrar o caso em uma delegacia mais próxima de onde ocorreu o fato. "Não existe o caso de esperar por um período de 24 horas para registrar a ocorrência em um distrito policial. Ocorreu o desaparecimento, imediatamente a polícia deve ser comunicada para dar início ao trabalho de busca para encontrar a vítima", declarou Karla Saraiva.
Saiba Mais
Dicas de segurança
A criança nunca pode sair sem a companhia dos familiares
As crianças devem saber os nomes dos pais, telefone e o local onde mora
Menores não podem ter contato com pessoas estranhas sozinhas
Ficha de identificação com os nomes do menor não pode ficar exposto a pessoas estranhas
Crianças não podem ter senhas de telefone e computador sem a permissão dos pais
Desaparecimento de crianças em shoppings ou clubes os pais deve acionar o segurança do local
A polícia deve ser comunicada imediatamente nos casos de desaparecimento de crianças e adolescentes
Não existe o caso de esperar por um período de 24 horas para registrar a ocorrência em um distrito policial. Ocorreu o desaparecimento imediatamente a polícia deve ser comunicada para dar início de busca para encontrar a vítima". Karla Saraiva, delegada titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA)
Número
50% foi o percentual de crianças que desapareceram no Maranhão e foram encontradas com vida
Fonte: O Estado ddo Maranhão (17/01/2015)