De acordo com a estimativa da Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD), são 50 mil desaparecimentos de crianças e adolescentes no país todos os anos. Esse número é estimulado principalmente por ser comum o fato de que os pequenos queiram descobrir o mundo à sua volta. E, com isso, um breve momento de desatenção dos pais podem fazer com que crianças se percam. Essa situação de risco faz com que a adrenalina e a tensão aumentem significativamente, tanto para os pais ou responsáveis quando para as próprias crianças – e não é para menos, afinal, um desaparecimento é coisa séria.
Para Juliana Martins, empreendedora que oferece produtos de ajuda aos pais para momentos em família, esse mês é sempre mais complicado. “Em muitas escolas, a aula acaba no começo de dezembro. Porém, a maioria dos pais só tira férias mais perto do Natal e do Ano Novo. Então, muitas pessoas planejam uma colônia de férias ou passeios com tios ou avós para distrair e fazer com que os filhos não fiquem o tempo todo em casa”, diz.
É claro que não é preciso assustar demais as crianças quando elas forem sair. O ideal é contar qual é a programação: aonde vão, o que vão fazer e com quem. Isso ensinará que, se algo diferente acontecer, será algo não planejado, podendo deixar os pequenos mais atentos.
Além disso, o método de aprendizado por associação pode ser usada ao seu favor. Segundo Juliana, se vocês estão indo a um parque de diversões, diga que, caso vocês se percam, o ponto de encontro pode ser o brinquedo ou a loja da comida preferida dela. “Os pais devem sempre conversar muito com as crianças. Prestar atenção no que elas pensam e sentem é importantíssimo para o desenvolvimento delas. E em situações que envolvam a segurança, você pode pensar e deduzir aonde seu filho iria por saber como ele pensa”, conta Juliana.
Além disso, ensinar aos pequenos com quem eles devem falar quando estiverem perdidos pode ser importante para eles se localizarem. “Não é qualquer estranho que vai ajudar as crianças. Então, é melhor falar para ela que ela pode pedir ajuda a pais de outras crianças, seguranças ou até mesmo vendedores de lojas de brinquedos, se for em um shopping. Por sinal, uma boa tática é fazer um acordo que, caso ela se perca, ela pode ir à loja de brinquedos ver o que ela gosta e conversar com os vendedores, por exemplo. Isso pode ajudar muito não só nas férias”, afirma.
Seja criativo - Juliana, que também é psicóloga, revela que existem alguns produtos que podem servir de prevenção a essas situações desagradáveis. “As pulseiras de identificação já são mais conhecidas, mas nunca vão deixar de ser eficazes. Existem também as tags, que vêm em um formato de mini cards e com um mini cordão de silicone para serem amarrados na mochila da criança, por exemplo”, revela.
De acordo com a especialista, a tag é uma maneira criativa e descontraída que pode funcionar muito bem. “Os cards são personalizados e tem vários modelos e personagens a escolher. Então se a criança gosta de determinada coisa ou cor, escolha um modelo que represente esta preferência. Você pode elogiá-la para que ela se sinta bonita com a mochila que ela está levando para o passeio. Ou seja, você une a segurança com o bem-estar e a autoestima do seu filho, o que é sempre fundamental”.
Além disso, outra estratégia também pode ser utilizada. “Os adesivos podem ser muito úteis o ano inteiro. Durante as aulas, eles podem ser usados para a identificação de materiais, como canetas, cadernos e até mesmo roupas. É muito comum os amiguinhos e amiguinhas terem coisas iguais, então os pais podem diferenciar com os adesivos. E nas férias eles também podem ser usados com a função de identificar a criança. Então, o número do celular com o nome da mãe e do pai podem estar inseridos nele”, conclui.
Fonte: Portal Segs