Sábado, 07 Novembro 2015

Casos de crianças desaparecidas sem solução têm diminuído em Alagoas

Os registros de crianças desaparecidas em Alagoas que não são localizadas têm diminuído nos últimos dois anos, conforme dados do Fórum Estadual dos Conselhos Tutelares. Por outro lado tem sido frequente o sumiço de adolescentes entre 12 e 17 anos que saem de suas residências por conflito familiares.

Em maio deste ano, o índice de desaparecimento em todo estado era considerado alto, com uma média de 40 crianças e adolescentes desaparecidas todos os meses. O incentivo às práticas de prevenção tem auxiliado bastante aos conselheiros tutelares no alerta nas comunidades para a mudança de comportamento, principalmente nos adolescentes, fase quando esse desaparecimento pode ser premeditado.

O presidente do Fórum dos Conselhos Tutelares, José Edmilson, alerta para as consequências de alguns desaparecimentos dos adolescentes, que acabam sendo forçados, em alguns casos, para pratica sexual. "Graças a deus estão sendo pouco o sumiço que crianças sem solução aqui no estado. Alguns casos que acontecem, essas crianças são encontradas algum tempo depois na casa de amiguinhos e até de mesmo de vizinho", explicou ele.

Edmilson garante que a prevenção e a divulgação têm casos tem contribuído para diminuição dos registros. "Outra relação que nós estamos sempre orientando as famílias e até mesmo os adolescentes é sobre a questão de tráfico humano, também responsável por uma mínima parcela dos desaparecimentos. Hoje as pessoas estão mais em alerta e mais conscientes para esse tipo de caso".

O Conselheiro Arildo Silva, da 7º Região em Maceió, destaca que os casos mais registrados nos bairros da parte alta da capital alagoana são de jovens que saem de suas casas por entrar em conflito familiar com os pais. Segundo ele, para as garotas, os desaparecimentos estão relacionamentos a algum tipo de relacionamento amoroso que os pais não permitem.

Nesses casos, Silva afirma que a unidade acolhedora buscar orientar os pais sobre a mudança de comportamento dos filhos, principalmente na adolescência. "Quando acontece algum caso, nós buscamos o auxílio da mídia para divulgar mais a fotografia e possibilitar o reconhecimento rápido. Mas nós precisamos em alguns casos que essa fotografia seja amplamente divulgada até termos alguma informação sobre o paradeiro daquele desaparecido", colocou o conselheiro.

Delegada cruza dados dos adolescentes para investigar sumiço

Na Delegacia da Criança e do Adolescente, bairro do Jacintinho, um mural expõe o rosto dos menores desaparecidos em Alagoas, e registra o desespero dos familiares que prestam queixas. Atualmente, o quadro contém fotos de quatro jovens de 14, 16 e 17 anos que continuam desaparecidos.

A delegada Adriana Gusmão reforça o perfil de comportamento dos adolescentes que saem de suas casas sem deixar pistas. Segundo ela, na maioria dos casos esses jovens entre 12 e 17 anos é detectado após a investigação policial que eles deixaram seus lares por conflito.

"Recentemente pegamos um caso que em a mãe prestou queixa do desaparecimento de uma filha de 16 anos e quando nós iniciamos as investigações, fizemos os cruzamentos das mensagens de Facebook, acabamos localizando em outra cidade convivendo com uma pessoa", disse a delegada, acrescentando que foram raros os casos de crianças desaparecidas este ano.

Alagoas conta com um banco de dados de Pessoas Desaparecidas criado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Segundo o presidente do Conselho, o banco coleta dados para cadastrar informações do DNA dos desaparecidos e de seus familiares.

Os dados ficam disponíveis para todas as pessoas, inclusive quem estiver fora de Alagoas, facilitando assim a identificação do desaparecido pela fotografia e informações genéticas.

O psicológico Laerte Leite afirma que os pais necessitam prestar mais atenção no comportamento dos filhos quando ocorre algum tipo de conflito na família, em destaque para briga entre o casal. "Os pais quando brigam não olham para os filhos e justamente por isso eles se sentem abandonados e saem de suas casas", disse o psicólogo.

Além disso, os pais praticam a alienação parental, jogando os filhos um contra o outro no momento de uma discussão. Um trabalho sobre a responsabilidade social de uma família poder resolver essas questões e evitar com que o jovem opte por fugir de casa.

"É uma questão de responsabilidade social. Os Conselhos Tutelares e a própria escola poderiam trabalhar nesse sentido de família, pois da criança antes de fugir de casa ela poderia pedir ajuda no Conselho Tutelar, num centro social ou até mesmo ao psicólogo da escola", afirmou Leite.

Para isso, o especialista afirma que é necessário o desenvolvimento de um trabalho junto com as comunidades e, principalmente, junto às famílias, para que elas possam ser orientadas sobre como observar as mudanças de comportamento de um adolescente.

 

Fonte: Cada Minuto (AL)

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